domingo, 25 de maio de 2008

COMPLEMENTARIDADE

Um Novo Olhar deixou um novo comentário na sua mensagem "CRÓNICA (I)DIÁRIA":
Repouso as palavras agora neste texto... Vou saboreando sem saber ou não o que vou escrever. Vão saindo uma a uma, sem pedir permissão. Foco-me agora nas minhas pernas cruzadas e nos meus ténis macios que me afagam os pés. Sou um misto de contradições, quando questiono porque me afeiçoo tantos a estes ténis. Porque sentimos apego pelas coisas? Porque tenho vontade de te ler e de me embrenhar neste emaranhado de ideias sem ter ideias nem frases guardadas para te escrever. Só sei que preciso deixar aqui um registo meu, para que mesmo sem ideias, saibas que durante este período os meus dedos tocam este teclado e o meu pensamento foca-se agora no que acabo ao cabo do que quis escrever.
Um beijo meu
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COMPLEMENTARIDADE
Vens, chegas, chega…
Deste modo continuamos, as tuas palavras chegam e ficam, estas as acompanham. Mesmo breves, também ficam para durarem tanto como as tuas, juntam-se.
Um beijo

sexta-feira, 23 de maio de 2008

beijos

Um Novo Olhar deixou um novo comentário na sua mensagem "TRÊS APARIÇÕES":
Escrevemos para coisa nenhuma, porque tudo já está escrito, mas somos em tudo e tudo está em nós. Mas escrever para ti é ter tudo o que falta: satisfazer carências, nutir-me das palavras soltas que me emprestas em noites como esta... uma brisa suave com o bater da chuva na janela. Sabes que depois de te ler, o sono vem suave como um beijo teu. Quem somos nós? Eu estou aqui e tu está aí numa do Tu Cá, Tu Lá... somos personagens inventadas por nós próprios. Concordamos e assim ficamos... lêmo-nos e saboreamo-nos com as nossas palavras.
Reencarnamos!!!
Beijos

uma ficção

Não tenho ficções, sou uma ficção. Assim, assim sou.
Assim

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Um Novo Olhar

Um Novo Olhar disse...
O que dizer... o que pensar... Será sempre assim... um assunto, uma circunstância que me traz aqui. Porquê só agora? Mas o agora já passou ainda agora. Seguirei em frente sem entender ainda muito bem, mas irei conseguir, por ti, por nós... irei comunicar. beijos
Segunda-feira, 19 de Maio de 2008 18H27m AZOST
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Não há verdadeiras respostas, só há respostas verdadeiras ou falsas. A ideia de absoluto é um absurdo a tentar ouvir um mudo, entendem-se na perfeição!
Acho que tentei responder... publicando a Encarnação. Beijos

TRÊS APARIÇÕES

DE ENCARNAÇÃO QUE FOI TRISAVÓ E NÃO CHEGUEI A CONHECER
I – INSIGNICÂNCIAS
Eu sabia que ele ia ler como se eu estivesse a escrever para ela, não estava. Estou a escrever para coisa nenhuma: o botão de baixo, acima do botão de cima, qualquer coisa como isto. Isto não tira importância ao que tenho a dizer, também não a dá. O motivo continua suficiente para poder continuar a escrever sem motivo nenhum, o que seria menos que escrever para coisa nenhuma. Para termos um motivo não precisamos de ter coisa alguma, até nos pode estar a faltar tudo e só ter carências: fome, tristeza que é falta de alegria, mercadoria nenhuma. Quando assim raciocinamos, acabamos por dar conta que o comércio da escrita é mesmo feito de insignificâncias.
II – PERSONAGENS
Quem é ela, quem é ele? Se se quiser contar uma história, não podemos ser indiferentes aos seus personagens. As personagens das p_rosas onde inspiro a ver se respiro rosas são perfeitamente imperfeitas, são p_rosas feitas para um leitor com tanto tempo e paciência que pode perder aquele enquanto estiver naquela. Tempo e paciência, essas as nossas personagens.
III – ÚLTIMA APARIÇÃO
Quando se faz da escrita uma questão pessoal, o que há de pessoal na escrita? Escrevemos para os outros, porque eles existem e nós existimos para eles. Situação assaz incómoda e estranha a qualquer ideia de criação, nada se cria onde já está tudo!
Encarnação

domingo, 18 de maio de 2008

um não acaso

Um Novo Olhar disse...
Aqui estou eu... para dizer que o encontrei. Mas os casos são sempre casos. E não foi um acaso encontrá-lo.
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Meses depois, com todos os dias que os tiveram, que eles tiveram, que (nós) tivemos... "um não acaso".

CRÓNICA (I)DIÁRIA

Faz de conta que sei de que estou a escrever, não tarda saberei. Seja por identificar ou identificar-me com o que escrevo, no fazer da escrita.
A crónica é um género particularmente generoso, faz-nos parecidos com alguém que tem “algo para dizer”, mesmo se apenas dá a ler interrogações.
Este misto de certeza e incerta “qualquer coisa” dá azo a dedicar-me a escrever com o que vai acontecendo neste juntar de palavras.
Evito deste modo, tento evitar, deixar que o leitor avance muito depressa, ficando a saber muito mais que eu que, devagar, ainda vou aqui, devagar.
Colecciono as frases, vou-as juntando. Quando de repente encontrar um filão, começarei a garimpar ao lado. Estou a prospeccionar, apenas isto.
Tenho para mim ser no fazer da escrita que a escrita se faz de forma mais delicada, com minudências de pausas com virgulas e ponto e vírgulas…
Se eu tenho uma ideia e preciso urgentemente escrevê-la para não a perder, eu nem me dou conta de estar a escrever, tento apenas não esquecer...
O vagar da escrita é uma coisa bonita e boa, como os pés cruzados das pernas estendidas e repousadas. Olho para o longe e visto de perto, o horizonte aproxima-se ou afasta-se.
Acabo, porque acabo, ao cabo – do que quis – escrever.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

um caso

Você tem um jeito meio divertidoque diz sem dizer e e não diz o já dito... você é um trocalilho engraçado...
http://nuadeperconceitos.blogspot.com/ este é um dos meus Blogs
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Nascermos é o mais completo dos acasos! Em todo o caso, todos os casos são assim: acasos. Isto requer alguma condição ou condições, não tenciono formular nenhuma. Apenas salientar que não será um "acaso" terminar dentro em breve. Não estou a pensar escrever durante muito tempo!Isto que estou a escrever nem chega a merecer ser um caso? Em todo o caso, já está. E vai ser "um caso"...

domingo, 23 de setembro de 2007

meio sem jeito

O que daqui posso aproveitar para "Assim seja"?

Teu email é tão bonito, fico assim "meio sem jeito", nem comento.

Amo-te, no que de melhor tem a vida, no que desse melhor nós, por momentos, sentimos fazer parte. Aí mergulhados, nesse nó de nós, conseguimos imaginar e pensar que a vida permite e dá, a Arte.

O que há de especial nas pessoas especiais? São únicas e bastam-se a si mesmas (pelo menos para nós), o especial é esse nó que temos com os outros, quando é mesmo especial, nunca se desata. O que há de especial nas pessoas especiais é sermos nós... com elas.

O que há de especial é descobrir no outro... um ser "único": alguém que nos preenche, alguém que, de certo modo, às vezes ou sempre, complexo (mesmo quando parece a coisa mais simples e predestinada), nos preenche.

Não tão grande como o teu, mas é tão denso que espero diluas e nele brilhem luas de hoje a outros dias. Por isso penso revisitar as nossas cartas, como possam ser... especiais.

«Amo-te, no que de melhor tem a vida»!

Se não descobrirmos como pode ser belo o que escrevemos sentindo as coisas mais simples, os momentos mais íntimos, então está a escapar-nos, permanentemente, o mais importante de tudo: a saúde -, senti-la, tê-la, vivê-la - mental, corporal, espiritual. Fazer das pequenas banalidades grandes coisas e procurar o vice-versa a ver se versa: as grandes coisas das pequenas coisas.

sábado, 22 de setembro de 2007

Assim seja 1

Aprendemos à cerca (podes traduzir por "sobre"...) da nossa pessoa, assim sabemos que "a nossa pessoa" é muito parecida com as outras todas, por mais diferentes que nos possamos sentir. Neste momento dei voz a uma ideia que me surge abstracta, estou longe de me sentir diferente seja do que for: sinto-me igual a coisa nenhuma, tenho ideias de pedra, escrevo como uma couve, a costureira que me contava contos infantis quando eu era criança dir-me-ia que não podia contar história nenhuma por qualquer necessidade de se pôr a costurar à máquina. Mas não te importas, pois não? Vou escrever o que aprendi, se não escrevemos quando não nos apetece, o mais fácil é não nos apetecer enquanto não nos apetece. Não tendo nenhuma certeza apontando para um motivo que permita pensar ser bastante o esperar, o melhor é aproveitar logo que podemos: o quê?, escrever.

Nestas situações conseguimos ser interessantes, por que divagamos e não controlamos o discurso, criamos um curso que é absorvido rapidamente pelo deserto. Ou, o interessante é este outro aspecto, damos a ler a abstracção das ideias: o pensamento entregue à sua natureza onírica, algo em nós sonha a pessoa que somos mesmo quando estamos a dormir.

Escusas de fazer muita fé no que escrevi, isso deve acontecer com a natureza consciente do nosso inconsciente. Sentes que é verdade, sentes que se não responderes tudo o que está escrito se dissolve e mergulha na areia e este grande rio onde escrevo para que possas mergulhar os pés, o corpo todo, abrir as pernas para sentir a corrente acariciando o interior das coxas, debaixo dos braços e o peito, até atingir a sensibilidade do pescoço e cabelos soltos que tenhas e sejam penteados...

Um abraço "quebra-costelas" folgado, só para sentir a respiração custar e depois encher o peito de prazer até atingir o máximo onde se represa a respiração e mergulha. Aí deitamos fora o ar e nos beijamos na boca, respiramos pelo nariz e, sem pressa, entreabrimos os lábios, beijamos mais e melhor, sentimos a frescura da saliva a correr da nossa boca na nossa boca vindo da boca do outro, pura e fresca, suco suculento que queremos penetrar, saborear e assim, desse modo acordam as línguas e dançam enrolando-se uma na outra e nós, um no outro, esse nó dum abraço transformado em carícias a percorrer os corpos de prazer.

Assim seja: Ámen!

"La petit" - a pequena

O que digo de ti quando escrevo para ti?

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

o conto que... 6

« o que vou escrever? Quero voltar a uma fase de frases, chegar aqui e pensar "o que vou escrever?": esta (frase), este (breve texto), isto (dado a ler). » Foi hoje, podia ser outro dia. Não gosto de escrever e ver desconfigurado o que escrevi, perdi o gosto por aqui! Vejamos, segui a ligação e cheguei à frase!... Do conto, ver o que contei? Tal vez... vai ser já a seguir.

terça-feira, 17 de julho de 2007

o conto que...5

É hoje, voltei. Por onde andei? Já dará história... Acabei de publicar uma frase: http://recantodasletras.uol.com.br/frases/568571 Pela mesma ordem de ideias, dizer o que escrevi, estive vivo todos os dias desde há 11 dias atrás. Foi esse o tempo que decorreu, entre tanto... Entretanto, estão aí a chegar as férias, ontem fui ver La Môme. Agora viria retomar "o conto que...", indo para o 5. Escrevi o título, se não for ainda hoje, amanhã regresso. Quem ler estas frases espero que pense "Ele está a escrever para alguém...", tenho motivos para pensar isso, tive um ou dois comentários. Nesta história era suposto viver dos comentários, um conto interactivo!... Já não me vou embora sem deixar mais uma pista interactiva... http://biblioteca3g.blogspot.com/ É uma história paralela ao conto que... Eu volto, até amanhã. Este blog aborrece-me! Fica tudo desformatado!! Faço um parágrafo e não pára...

sexta-feira, 6 de julho de 2007

o conto que... 4

Estou sem história! Contei tudo, falta é contar tudo o que ainda não contei e já está feito. Vamos a isso!?...
Enquanto o leitor pensa na sua resposta, vou tentar não lhe dar tempo para pensar :) Passemos a seguir os links, darei conta do resultado. Ser narrador dá uma certa “dor de corno”, preferia ser autor e pronto: um espanto!...
Às vezes tenho destas visões e fico ofuscado, já viram o que acontece nos filmes onde os personagens têm grandes “flashs”. O tempo balança de cá para lá, as imagens alteram-se, mudam de cor, há raios e faíscas (os coriscos?)... Não vou faiscar mais nada, vou publicar “o conto que... 4”

quinta-feira, 5 de julho de 2007

05.07.07

Ontem pus o link anterior (em o conto que...) a funcionar, acabei por não o seguir, hei-de voltar...

terça-feira, 3 de julho de 2007

o conto que... 3

Os narradores aparecem nas histórias assim como as histórias aparecem nos homens, mesmo como os homens aparecem na vida: é o caso de Assim, o meu caso. Vou-me fazer personagem/narrador..., coleccionando comentários/respostas, levando a noção de tempo e espaço para o Espaço!... Quanto ao que conto, terá este título, enquanto houver novidades que vá coleccionando, ao ramificar leituras a partir daqui:
http://www.verbeat.org/blogs/miltonribeiro/arquivos/2007/06/o_conto_que_nao.html

03.07.07

A ideia de escrever com os comentários, ainda não desisti dela :)
Acabei de moderar mais um comentário. A ideia seria ser o primeiro a ler e fazer algo dessa leitura, entrar num diálogo que aqui deixasse rastro e lastro. Fiquemos no "a ver vamos...", ainda espero não seja dito por um cego.

domingo, 1 de julho de 2007

Querida Kat,
Um escritor escreve sempre demais ou de menos, para que possa caber nos textos. Em relação ao que escrevi, escrevi de menos na leitura que fizeste. Escrevi o suficiente se te disser que o que leste foi apenas a página 572 de comentários recebidos no Recanto... (tu já deves ir na casa dos milhares :), esta resposta julgo te satisfará.
Bjs
F
Neste momento vou tentar mexer no "layout", para aí incluir Leitores/Leituras. Leituras, estas que aqui irei deixando destes leitores, para eles. Isto pode ampliar "o conto que..." ao Infinito. Sobre o Infinito vou publicar no Recanto...

sábado, 30 de junho de 2007

30.06.07

Este Blog começou a ter leitores, neles procurarei leituras e tentarei deixar respostas. Vou criar uma nova etiqueta: leitores/leituras, aí deixarei por ordem de chegada este registo.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

29.06.07

Deixei-me de "frases famosas", http://frasesfamosas.mundoperdido.com.br/
o layout não está a funcionar, hoje dava "servidor não encontrado".
Seguindo outros blogs, vou tentar fazer deste blog o que um blog possa ser, veremos.

o conto que... 2

Quem não me conhece, como é que me interpreta?

Conhecemos na medida em que começamos a interpretar!

Pode haver muitos narradores, cada um acaba por ler a sua história...

A história de todos - é a história de cada leitor.

Imagine uma lista de aforismos, o mais fora de todos qual se_ria :) este?

Só nos contam uma história quando..., dá que pensar, aceitamos (sem pensar) a ficção da história.

Cada narrador é uma descoberta, um conhecimento, um encontro.

Numa história com vários narradores, o criador é... o Criador?

É sempre - o leitor a lei, a leitura - a Lei: a escrita por escrever o espírito da Lei, a letra (não é letra morta...) dá-lhe forma.

A Lei é sempre dogmática, uma opinião sem argumentos para lá dos seus.

Há sempre um primeiro narrador, tentarei lá chegar!

O link que deixei, depois de falar em jogo narrativo, leva-nos lá:

http://www.meublog.net/adelaideamorim/arquivos/2007_06.html#000439

walkingman.gif

O Ery Roberto já deve ter postado a continuação (dele) do conto do Milton.

Milton, é o nome do primeiro narrador, segui-lo-emos.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

o conto que...1

o conto que não (se) quer calar
Todas as histórias têm um “se”, a minha história é mesmo o se...
Vamos lá nós a saber como se conta uma história? Vamos, como? Contando, caminhando...
Ery, estou aqui comovido, 3:30hs da madrugada. Chove lá fora, aqui dentro a música embala o teclar contínuo. Solidão, coração apertado, um quê de tristeza sem explicação ou motivo. Mas não estou infeliz não. Apenas um momento, daqui há pouco a casa acorda, vou subir a serra e tudo se ajeitará, eu sei. Acompanho o jovem Juliano, já meu amigo por vê-lo aqui e alí nos mais diversos cantos. Não simpatizo com a loirinha, implicância minha, claro. Mas a solidariedade masculina me faz me aproximar do rapaz, bater em seu ombro e dizer que é assim mesmo, a vida é essa, não há o que temer.Gostei muito do caminho que vc usou para contar a história. Um cartório, papelada, processos. Inveja, intrigas pequenas de ambiente burocrático. Uma chefe exigente, gostosa e implacável. Mereceu o olhar guloso que Juliano lhe tascou nos seios fartos. Música perfeita para um texto cuidadoso, sensível e competente.Superou as expectativas(e olhe que eu estava bem curioso como vc contaria essa história, hein?)Grande abraço, piáps: é uma felicidade muito grande para mim partilhar de tua amizade.valter ferraz Homepage 06.28.07 - 5:03 am #
Quem é o Ery? Descobri o Ery e o comentário:
Com toda a calma do mundo, deste e do outro para onde vamos quando já não vamos a lado nenhum, fisicamente falando. Não siga já o link, deixe a ligação anterior para depois da próxima. Em relação à anterior, vou colorir a vermelho os personagens a azul o cenário.
Os links o mostrarão, esta é uma história de narradores fazendo um jogo narrativo.
Usemos da calma, vou dizer haver mais de um link. Já aqui volto, aqui não voltando, será o capítulo 2 de o conto que... se vai transformar em romance?
Como esta é uma história multimédia, sigam agora: http://www.musicovery.com/
Se quiserem ouvir a mesma música com que vou fazer este intervalo, escolham “soundtrack” logo abaixo de “classical”. Estou a ouvir “Choro” de António Carlos Jobim, música calma c(OM)alma.

terça-feira, 26 de junho de 2007

26.06.07

"No IR, se a alíquota for de 30%, temos que trabalhar 109,5 dias para o governo; se atingir 50%, é melhor mudar para o Caribe..."

Roberto Campos

Gosto destes dias que acontecem assim... a coleccionar, quando calha, frases ao calhas...

quinta-feira, 21 de junho de 2007

21.06.07

"Chama-se casamento de conveniência a um casamento de pessoas que não se convêm em absoluto."
Oscar Wilde
Deixemos que as frases falem por si... Ontem deixei a página 572, a última, de comentários recebidos. É capaz de ser uma ideia... Quem quiser saber o que li quando fui agradecer os comentários recebidos poderá ler quem me escreveu, quem for ler o texto lerá o que escrevi. Não é um "casamento de conveniência" :) Abraços, F http://www.recantodasletras.com.br/autores/Francisco

quarta-feira, 20 de junho de 2007

comentários recebidos

572 Doce espera por aquele que virá e fará parte de nós por toda vida! ADOREI! Mil beijos meu querido! Cintia
Enviado por Carinhosa em 20/06/2007 16:32 para o texto: Bebê (T532553)
Ah, se todos pudessemos ter sido concebidos de maneira tão poética! Muito lindo teu conto meu caro amigo de além mar! Excelente tarde e noite! Beijos, Cintia
Enviado por Carinhosa em 20/06/2007 16:29 para o texto: Lua Cheia (T534255)
Muito bem elaborado...gostei muito! Beijossssssss
Enviado por Vanuza em 20/06/2007 16:08 para o texto: Lua Cheia (T534255)
Bela crônica, gostei muito. Abraços.
Enviado por Evaldo em 20/06/2007 16:07 para o texto: dormi com ela (T530525)
Ler teu conto foi magnifico, ouvir-te contar...foi explendido, amo som de tua voz...Beijos meu amigo Poeta Além Mar...Cláu
Enviado por lindamulher em 20/06/2007 14:20 para o áudio: Lua Cheia (A4683)
Boa tarde, prezado Francisco. Gracias pela visita e parabéns por tocar num assunto tão polêmico, trazendo à tona o que muitos fingem sequer notar o quão grave é a questão.
Enviado por ENIGMA em 20/06/2007 13:51 para o texto: horto (T531793)
que jóia, sabe o que pensei? que queria voltar a ser criança ou só um projeto para ouvir alguém em contar alguma coisa assim. Coimbrinha, acho que escreveste esta estória quando era noite e estavas muito feliz; sob a luz de uma lua cheia. Abração.
Enviado por Camila em 20/06/2007 13:51 para o áudio: Lua Cheia (A4683)
Belo conto...e assim faz-se um história de amor que vibra com o laço de amor que virá...beijos meus... Cláu
Enviado por lindamulher em 20/06/2007 12:04 para o texto: Lua Cheia (T534255)
Bom dia!Reflexivo texto Fran,parabéns,mil bjssssssss.
Enviado por Elliana Alves em 20/06/2007 07:09 para o texto: Bebê (T532553)
Maravilhoso, profundo e cheio de sensibilidade. Um beijo, Suzanna.
Enviado por Suzanna Petri Martins em 20/06/2007 05:51 para o texto: o poema está na leitura (T513463)

segunda-feira, 18 de junho de 2007

18-06-07

"Eu quero ser um imortal sem ter que morrer."
Woody Allen
Se a imortalidade está associada à memória dos outros, só mesmo depois de morrermos ela pode ser testada! Desisti do blog, descofigura os textos...

sexta-feira, 15 de junho de 2007

15.06.07

"Saber que não se sabe, isso é humildade. Pensar que um sabe o que não sabe, isso é doença."
Lao-Tse
Ontem falhei, hoje encontro uma frase onde a tradução me parece muito presente: «Pensar que um sabe o que não sabe»..., «isso é doença»?
«Pensar que um sabe o que não sabe», «Pensar que um sabe...», uma «brasileiridade?»
Acho será: «Pensar que se sabe o que não se sabe, isso é doença.»
O auto-convencimento pode levar às mais completas aberrações da personalidade: os Napoleões de manicómio!...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

13.06.07

"Na velha Rússia, dizia um possesso dostoievskiano: — Se Deus não existe tudo é permitido. Hoje, a coisa não se coloca em termos sobrenaturais. Não mais. Tudo agora é permitido se houver uma ideologia."
Nelson Rodrigues
Assinar o ponto: aqui.

terça-feira, 12 de junho de 2007

12.06.07

"Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado."
Platão
Nesta frase Platão devia estar a atribuir consciência a todos os injustos :)

segunda-feira, 11 de junho de 2007

3ª frase célebre

"Não me arrependo de nada."
Wanessa Camargo
Hoje registo a frase do dia e Boa Noite!
Junto link da gravação que ontem fiz... http://recantodasletras.uol.com.br/audio.php?cod=4523

domingo, 10 de junho de 2007

41

A intimidade

A intimidade é uma de muitas coisas que não pode ser conquistada pela força, só pode ser dada e, como tal, aceite. Eu estou habituado a procurar as “belas palavras”, gosto de pensar usá-las como os índios Guarani fazem seus cânticos. Escrevo para procurar a tua intimidade, para te seduzir como já uma vez disse, escrevendo. Não que tu sejas a minha índia Guarani, muito menos uma guri. Esquece, nem lembres a hipótese de ser uma brincadeira. O que torna as palavras, os actos - uma coisa séria, é que podem inclusive matar. Neste momento sei a quem escrevo e esqueço a quem escrevo, estas palavras tão sérias podiam ser fatais! Sendo no entanto fruto do meu espanto perante a vida: o amor. Amor, escrevi um poema: «Amor// ...», não fui eu que o escrevi, dei-o como sendo Assim Mesmo. Sou pois um intérprete de palavras escritas, mas fico... mudo. Faço também esta confissão em público, público a matéria do dizer: este verbo transitivo!... Fatal como o destino apanhar de surpresa alguém, alguém muito especial: ninguém? Ninguém é muita gente!..., contabilizando ninguém como sendo a possibilidade de haver não-ninguém, alguém. Quem não se espanta com a verdade quando ela entra pelos olhos dentro?, quando ela é real, verdadeira e desconhecida, impalpável, contudo: completa_mente sensível. Não te amo por palavras, essa é a minha realidade, nu entanto - quero-as!.. Deixo-as à tua espera, para as encontrares junto do telefone à entrada, no hall de entrada. Deixo-as lá, de saída... Vou traçar um roteiro dos textos, conhecerás alguns, não todos por certo? Desenho o sinal da interrogação, quando poderia ter posto uma exclamação!? Uma dúvida relativa, pequena, insignificante. Começarei pelo dia de hoje com “as palavras, os actos”. Pessoa escreveu “Mensagem” com personagens da História, eu vou escrevendo mensagens, personagem da minha história... (“falar” é um verbo intransitivo, deixo “nota”... com o seu sentido - do significado - a condizer; uma “nota” meio críptica por não a conseguir fazer nota perfeita_mente explicita, fica feita a nota; nota perfeitamente... implícita, dizer: falar é um verbo intransitivo...) cada um sabe o que pensa quando está a pensar eu não penso escrevo identificando como verso um verso o poema é um resultado nu despido dizer Assim Mesmo http://recantodasletras.uol.com.br/mensagens/15310 + 1

40

transe

enquanto excreto algumas palavras vindas do silêncio já vou directo ao assunto Hora deste transe!... http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/14846

39

“Carta aberta”

Cara... Ontem, depois de escrever o poema “transe”, escrevi a frase “transar”. Quero com isto dizer que fui ao dia de ontem procurar... e não encontro o teu nome que agora me surge a agradecer um comentário que fiz... a outro nome? Estamos no mundo virtual e da realidade e fantasia de quem escreve, razão pela qual o meu “perfil” é cada vez mais adequado como autor outro dum heterónimo... outro. Não quer dizer não esteja enganado e não tenha feito anteriormente um comentário e seja o teu nome presente na pessoa comentada, nesse caso, agradeço previamente, gostaria de saber... que texto seu/teu comentei? Quanto ao procurar no dia de ontem, é como procurar numa outra vida?, da qual já começo a estar esquecido e a tê-la perdida? O teu nome não é fácil de esquecer, aquele que agora deixo omisso: Cara... «assenta - v. tr., pôr sobre o assento; fazer sentar; inscrever; notar por escrito; assegurar; firmar; ajustar; resolver; ter por certo; aplicar; adaptar; fundar; concordar; convir; estabelecer; v. int., sossegar; tornar-se bem comportado; quadrar; depositar (fezes); v. refl., sentar-se» Todos os dias colecciono uma palavra dum dicionário da Língua, ontem foi esta, antes de escrever o poema que já mencionei. Como vês, podes ver, rever... trata-se dum verbo transitivo, acabando a sua definição apresentando a forma reflexa. Não sei, porque te chamo a atenção para o facto? O que eu não sei é o que tu pensarás, e, julgarás saber? Ou, julgarás não saber? Quanto à frase... termina com uma interrogação: transar Cá temos nós um verbo bom para a voz: transar, passa com facilidade sensorial da língua para a fala e desta para o corpo que encarna na carne a “carne” da voz - onde queremos ir... nós que escrevemos? Aguardo a tua resposta, aqui te deixo... leitor/a a minha carta que poderás ler aberta, “carta aberta” e no entanto fechada, entre comas, aqui. Adeus!... Post Scriptum - A palavra de hoje, procurando “comas”: Foi encontrada 1 entrada e detectadas 3 formas. coma | s. f. | s. m. 1ª pess. sing. pres. conj. de comer 3ª pess. sing. pres. conj. de comer 3ª pess. sing. imp. de comer coma do Lat. coma < Gr. kóime, cabeleira s. f., cabeleira abundante e crescida; juba; crinas; conjunto e brácteas ou flores estéreis do cimo de uma inflorescência. do Lat. coma-comatis < Gr. kôma, sonolência s. m., estado patológico caracterizado pela inércia física e intelectual; delíquio. do Lat. comma < Gr. komma, pedaço s. f., pequeno intervalo musical; vírgula; aspas. http://recantodasletras.uol.com.br/cartas/14844

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perceber / percepcionar

Ah!, a propósito, se existo é porque vc me lê, caso contrário não existiria nem eu nem você Senão veja, observemos os dois: eu, ela e vc... Você percebeu, com ela já somos três... A não perceber nada: 1? http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/14691

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leio-nos, nus lambemos (a, entre as palavras) http://recantodasletras.uol.com.br/poesiassurrealistas/14374 + 1 Este comentário, obrigou a diálogo...

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vou-te fazer!...

Uma espécie de filosofia capaz de atrair uma rapariga inteligente, movida por uma ideia romântica e uma concepção determinista: as coisas não são o que se quer, são o querer com que se fazem. Este tempo, este modo, esta flexão verbal do verbo Fazer deve ser determinante, remetendo para uma interrogação pessoal. «Por trás dum grande homem está sempre uma grande mulher», é um chavão cuja única falha será não ser exaustivo de todas as situações, mas esmagadoramente corresponder à evidência de qualquer estatística tomada como desnecessária até aos dias de hoje - onde se vive "a frieza dos números". A misógenia, a comida feita ou pré-fabricada, ... todas as alterações duma sociedade alterada podem vir a alterar os dados do problema, o que liquida uma história que até podia ser interessante. A partir daqui distanciei-me do que não consegui até aqui, fazer o verbo ganhar a motivação dum mote próprio onde o narrador contaria a sua história contando com a sua dela, ela leitora, a quem se começou a dirigir dando-se como portador duma espécie de filosofia que não seria uma concepção elaborada, apenas uma ideia: qual primitiva duma derivada que não há maneira de integrar. O narrador seria um poeta tentando conceber um romance como texto onde a arquitectura do poema encontraria todas as possibilidades que vão do poema dramático à poesia lírica, precisando dela como personagem para o construir a partir duma história simples como um conto que estaria acabado depois de contado, pronto para ser passado dum futuro aberto para um presente sem fim. Previsível prever acabe, como tudo o que começa, sendo parte da vida. Essa mulher quereria construir com a sua realidade a imaginação do conto e pronto, só falta saber como lhe dar a ler o texto, fazendo-o acontecer como um antecedente do romance, pois seria a partir deste que ela o viria a conhecer a ele poeta, para ser sua musa inspirador e mentora! Agradar-lhe-ia a necessidade dele e reconheceria nela - o perfil duma heroína - desejando ser o alcalóide poderoso capaz de transmitir substância ao sonho alimentado, sem jamais o deixar cair em carência. Porque não há dúvida que o amor é a droga mais poderosa que jamais o homem conheceu em todas as suas experiências físicas ou psíquicas, esta ocorrência poderia ser descrita com uma coerência igual às cores duma reacção estudada, possuindo os reagentes químicos necessários em quem se lê, de modo que quem lê seja ela e quem escreve seja o ele que ela lê. De forma incompleta sem a presença concreta deste escrever dum conto com que ele conta, para contar com ela. O que faria desta uma história de sedução quase ideal, idealista é... de certeza! Tendo de obedecer a um tempo vivido como Presente, tem de ter condições extrínsecas, ficam elas entregues ao devir... Vim, venho de escrever um parágrafo com o qual quereria parar, depois de chegar ao último parágrafo que será o próximo, o que faz com que prolongue este até dar o último como sendo o primeiro, a partir do qual acabei por escrever tudo o que fica escrito. Saber como ela me venha a escrever, será por certo tão incerto como eu saber se ela se vem a ler? É inevitável, como as descobertas... O que é um conto? Em relação a esta pergunta este texto deve ser uma resposta, conto com isso. A partir daqui parto para a história como um descobridor parte para a aventura, não é como ter um parto, é como começar uma gravidez. A sua fundação é uma fecundação que já anteriormente ganhou corpo, mas só com a viagem pode vir a ficar completa. http://recantodasletras.uol.com.br/cronicas/14115

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SALOMÉ

Na realidade eu sou frigida, mas tratei-me... Primeiro porque Sim, depois porque Também... Ele curou-me, é certo! Não sei é se tenho cura?... O facto de não atingir o orgasmo era para mim uma brincadeira, tornei-me uma “histérica controlada” e dava um prazer desmedido ao meu marido. Fui experimentando ver até que ponto o punha em êxtase, até ao ponto de cravar, arranhar e morder lhe passarem a ser uma necessidade: ele sentia através da violência! Eu desejava ser Salomé! Seduzir até à morte... Comecei a habitar um mundo de fera, aleijar e já não dar prazer: começou a ser vicio, sonhei castrá-lo! Aí..., assustei-me. Até saber do facto notável dum doente em Moçambique fazer curas de fertilidade, fidelidade e felicidade... Quem o beija-se, entregando-se ao seu poder, ficava curada. Pensei que daria “o 'anûs' e cinco tostões” para lhe beijar os quilhões, a causa da sua doença, um crescimento continuo do escroto, o saco já lhe chegava aos joelhos. Quando regressei curada, continuei a chicotear o meu marido e a dar-lhe os requintados prazeres da dor. Já sem ele correr qualquer perigo, mas frigida de novo. Foi quando apareceu um cara a quem escrevi uma carta: «Possuis a minha razão e os meus dias, escravizas os desejos que tenho e os que não quero ter!», só fixei a primeira frase e não sei se vai haver segunda fase no nosso relacionamento: “deu-me com os pés” ou “deixou de cá pôr os pés”, para já não há escolha, a relação está neste pé. Mantenho-me fiel... Salomé

http://recantodasletras.uol.com.br/cartas/14113

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69

Vivo em Moçambique, tenho uns tomates pendurados até aos joelhos e isso dá-me direito a ter uma doença com um nome esquisito; não é contagiosa. Principalmente para as mulheres é curativa, só precisam segurarmos nas mãos, entrar em recolhimento, rodar os olhos nas órbitas por baixo das pálpebras e vêm-se. Está a faltar o essencial, isto não é assim tão simples, é preciso elevação de espírito. Quando aconteceu, a primeira cura “pôs a boca no trombone” tendo passado palavra. Começaram a chegar, começaram a pôr a boca no trombone. A coisa virou religião, parecido ao que acontece na Índia com alguns “homens santos”, virei santo! Peguei moda, transformei-me em notícia e agora tenho intérprete e tudo. Funciona como minha secretária (escrivaninha?), quando me ponho em cima dela (um ritual que lhe dedico) os ditos cujos caiem-lhe pelas pernas abaixo, também lhe sobem pelo peito acima... Gosto deste número, o 69. http://recantodasletras.uol.com.br/eroticos/14050

33 - ABRIL 2005 (22 publicações)

A FLOR DE ESTUFA

"Não me toques que me desafinas", conhecem o género? Durante uns dias fui comer ao mesmo restaurante: à mesma hora, na mesma mesa, no mesmo lugar, virado para ela. A coisa durou uma semana, ao segundo dia já reservava a mesa e encomendava a refeição. Pelo terceiro dia já tinha percebido andar a galar a "dona da casa", ao quarto dia já ela me fazia companhia às refeições. Ao quinto dia já eu fiquei a perceber que era muito boa pessoa, mas só gostava de ser boa pessoa com "quem queria". No Sábado fiz fim-de-semana até hoje, qualquer dia divulgo uma carta que me escreveu, é pura ficção: «Possuis a minha razão e os meus dias, escravizas os desejos que tenho e os que não quero ter!», só vista… despida!? http://recantodasletras.uol.com.br/microcontos/13906

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conto da menina + +

Levantou os olhos e só vi azul, um azul lavado de lágrimas, o vazio da minha presença: olhou-me sem expressão. Eu tinha sentado sem pressa, acabei por abrir o caderno e começar a escrever um conto. Ela não estava para conversas, fechei o caderno para ir embora... - Não vá! Desculpe..., deixe-se ficar. Agora já não sabia o que contar, ela olhava para mim sem olhar para as palavras escritas. As lágrimas secaram, limpou o rosto com um lenço e apagou a pintura. Como continuar esta conversa? - Vá lá!... Porque não fala? Teria querido dar o conto por concluído, tê-la por tela onde tinha pintado apenas a imaginação do escritor, mas agora era a escrita a não querer acabar, a querer ser escrita. - Diga-me, porque chorava? Era muito jovem, deve ter-se lembrado: “Não fales com desconhecidos!” Esperei um pouco mais e dei o conto... por acabado. - Sempre me vou embora, fique bem. Nada se alterou, olhava para mi agora com curiosidade: o que estaria eu ali a fazer? Não disse mais nada, eu acabei por me deixar ficar... Dei conta do que faltava, escrevi (de)pois: Fim + regressar à base Erótica foi a erosão do tempo, a areia na ampulheta. Tenho uma pequena ampulheta, tão fino o furo que a pequena quantidade de areia leva +/- um minuto... a regressar à base; virei-a sobre a mesa, dei-me tempo de não ter nenhuma ideia... antes de me levantar. Acabei por não me levantar, comecei a escrever “a música das esferas”. Este conto sobre as harmonias do Universo, a partir da descoberta do “mecanismo” do Sistema Solar. Imaginei Newton, Copérnio, Sibellius... todos a configurarem a realidade astronómica em torno da gravidade do Sol. A cadeira não se mexeu do lugar, eu comecei a levitar; mais uma vez recorri à ampulheta e, ao fazê-lo, resolvi ficar por aqui. + Eu queria escrever um conto erótico, sem pedófilia! Mas o olhar da menina agora não me largava e eram duas... as meninas dos meus olhos: olhando para mim. Sim, depois de ter estado com a menina, olhando-me num espelho e pensando no olhar dela: tentando olhar o meu próprio olhar. Não, olhando-me não conseguia lembrar o olhar dela, melhor parar. Erótica foi a conclusão, chegares e eu pedir-te... para me consolares! http://recantodasletras.uol.com.br/visualizar.php?idt=13618

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conto / frase – sufi +

A frase existia, não estava escrita, nem na memória, era apenas uma possibilidade. A possibilidade foi o sufi_ciente, concluiu o autor, quando a escreveu. O autor deve ser outra possibilidade, concluirá o leitor? + «Certa noite, Mullah Nasrudin estava embaixo de um poste de luz em frente à sua casa, agachado procurando algo, eis que passa seu vizinho e resolveu ajudá-lo: - Mullah, o que procura, para que eu possa te ajudar? - e o mullah respondeu: - Procuro o anel que perdi... E assim eles ficaram um bom tempo procurando o tal anel, então o vizinho resolveu questionar: - Mullah, o senhor tem certeza que foi aqui que perdeu o seu anel? - E como sempre, o Mullah respondeu: - Quem disse ao senhor que perdi meu anel aqui, eu o perdi lá dentro de casa, mas como é onde tem mais luz resolvi procurar aqui fora...» Conto Sufi http://recantodasletras.uol.com.br/redacoes/13171

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Utopia - ponto da situação

utopia (u tópico da palavra...) Escrevo como se o fizesse para mim, sem deixar do fazer, procuro um/a leitor/a que partilha comigo a Utopia da palavra como agora a vejo virtualmente a surgir no écran. Ontem publiquei Assim, rendi homenagem digna da que fez. Não resisti exteriorizar... em “mo_nu_mental tirada”. ponto da situação Neste ponto da situação, a criação se sente capaz de criar o criador. Antes de me meter num “trinta e um”, passar deste trigésimo te(x)to, deixo o criador em paz e também não o substituo. Quem quiser contacte directamente... As orações são estas, qualquer frase portadora de sentido e significado. Fiquei, fui.
http://recantodasletras.uol.com.br/mensagens/12746

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tirada mo_nu_mental

A transcrição para a escrita da vida não existe, a tradução faz do poeta um ser intérprete, uma poetisa onde a voz se realiza é uma emoção adicional para o prazer de quem a lê mulher e a encontra na feminina essência das palavras e, desse facto, nem como intérprete me traduzo, nem hoje de versos faço uso; disse! Assim

http://recantodasletras.uol.com.br/frases/12717 + 1

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religião + circo

Ontem fiz um conto incompleto, contigo: eras tu, era eu. Soube, soube porque quis chorar..., e já não sei. Há destas intersecções na minha alma, é onde a vejo, onde te vejo, onde a invento, onde te sinto! Desenhaste um Z de Zig-Zag e percorreste no meu corpo o seu desenho, desceste no desejo e guardaste-o na boca... Então, porque as horas atravessam os dias, cantei no teu corpo esta canção sem nomes onde te escrevo com o azul das ondas na forma das ancas onde danças música quando as seguro olhando o teu peito, acima do meu peito. Hoje adoro este silêncio culpado dum regresso continuo às origens onde penetro a porta de entrada para o mundo, em ti e em todas as mulheres, o outro lado nosso de ser por inteiro. A minha emoção tem a duração dum poema; ando agora a ensiná-la a escrever um texto onde a rosa seja a prosa, aspiro-a... Fluímos no nosso a_roma amor_a... Faço percursos no interior das palavras, elas, mais uma vez, o teu corpo. Cobiço o imaginário, a realidade transcende-o mas nem sempre o cede. Por isso... s_obra da realidade este espelho de reflexos onde convoco as nossas sombras iluminando-as na sua transparência absoluta: A tua boca na minha boca, eu na tua boca, dançando até te abanares... pedindo tudo. E é quando rimos esta satisfação do prazer: é quando consegues chorar e eu te invejo.... como a nuvem, vendo a chuva a cair no vento. Tu és a minha terra, daí esta inveja estranha que tenho sem ser minha, algures perdida entre nós como os entre-nós dum mesmo caule onde da mesma cepa já somos frutos depois das flores. Este é um acto da nossa celebração, eucaristia onde nos religamos, esta é a minha religião. Cada frase destas precisaria dum universo, para a poder habitar como alpinista chegado ao cume no ponto mais alto do desejo - da escalada! Faz-me agora dormir suado, descendo no teu peito para ouvir o coração, a respirar no vale entre os teus seios. Onde repouso sobre o osso externo e me interno no mistério, onde comungo o teu corpo!, mesmo externo... Nada mais próximo que a respiração, este sentir da tua... mesmo ao meu lado. Aqui me despeço expirando, onde me trouxe a inspiração. O_corre-me uma frase per_feita?: o amor é a minha religião e a poesia a sua forma de expressão! * O Assim pegou em parte de “religião” e fez “circo”, é (o) Assim Mesmo, não pediu autorização a ninguém para ser anarca, nada a fazer! circo Andei no arame - enquanto saltitava nos teus lábios, saltei para o trapézio - e foi o programa completo! Hoje adoro este silêncio culpado dum regresso continuo às origens onde penetro a porta de entrada para o mundo, em ti e todas as mulheres, o outro lado nosso de ser por inteiro. A minha emoção tem a duração dum poema; ando agora a ensiná-la a escrever um texto onde a rosa seja a prosa, aspiro-a... Fluímos no nosso a_roma amor_a... Faço percursos no interior das palavras, elas, mais uma vez, o teu corpo. Tua resposta foi a resposta que eu merecia, nada. Tranquilo, deixei o silêncio tentar falar comigo. Primeiro é preciso alguma prática, depois a coisa acontece naturalmente. Estou a falar de quê? Ingrato contar das conversas com o silêncio, ele deve ser macho ou fêmea... Deve depender de quem fala com ele, já que não é pessoa. Certo é imaginei-o ela, a masturbar-se, enquanto lhe contava nossos números. Depois ela abraçou-se enlaçando-me com braços e pernas, sentando no meu colo e deixando o caule no meu colo enraizá-la, realizando-a por dentro e por fora. Durante muito tempo... tentámos bater o recorde mundial do beijo. Quando ela, o Silêncio, se agitou num orgasmo estridente... Atendi, eras tu ao telefone. Contei-te o que tinha escrito, agora continuo o conto. A ti contei o antes, agora conto o depois. Com este prazer dos fazer aproximar, ante e depois, enquanto a cobra Orobóros devora a própria cauda! Amei a nossa conversa ao telefone, relembrar os Cavalos Também Se Abatem... Deixando a nossa conversa ser tão literária que quando combinámos virias provar mais do mesmo, parecia estarmos a falar dum filme também ele conhecido e a rever. Agora, enquanto não chegas, esgalho uma punheta no galho alisando a pele do dito para o poderes saborear a quente, inchado e urgente! Túrgido como um troglodita dita uma poesia de carne sem a cozinhar primeiro ao fogo lento, onde me consolo neste fase evolucionária da humanidade! Chegarás e o conto acabará onde for... Chegaste depressa, não me dês pressa, isso, começa já, isso!..., enquanto acabo esta conversa. Ah!, e ainda tenho um conto para acabar de passar. Vou é dedicar-me à verdadeira escrita, o resto... é conversa. Bom, cada um cria a sua própria bitola, a minha procuro tirá-la da tola e não é tola, não pretende ser ideia a minha ideia. Fica como é, uma intuição, uma intenção, a procura da verdadeira dimensão a dar a cada conto. Nesta fase experimental da nossa relação, quiseste-te deitar sobre as minhas costas. Enquanto eu adormecia, tentando alhear-me do calor do teu corpo incandescente onde acabara de largar chispas, largando lava do vulcão mais portátil do mundo, heis que começas a imaginar coisas... Bolas!, é isto, é este o final!, terminar onde tudo começa de novo. Começamos, recomeçamos, na verdade nunca acabamos! Só a satisfação dita o prazer, é preciso não ter pressa conhecendo, isso é importantíssimo, a vertigem: uma pressa expressa sem outra noção. http://vertoblogando.blogspot.com/2005/04/circo.html
http://recantodasletras.uol.com.br/visualizar.php?idt=12592

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conto / frase – nua

despiu-se até ficar nua, abriu as pernas, abriu os braços à altura dos ombros; quando fechou os braços expirou lentamente o ar que tinha retido no peito, unindo as mãos à sua frente; mantendo os pés imóveis à largura dos ombros, rodou os braços noventa graus, as mãos agora unidas acima da cabeça; continuou os exercícios, integralmente nua (a ideia que me deu) http://recantodasletras.uol.com.br/redacoes/12348 + 1

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conto erótico 111

Em plena rua, numa esplanada frente ao mar, a beleza da sentir volta-me a falar... Tapou-me os olhos e sua voz fez vibrar o meu tímpano até agitar tudo criando ondas num lago, senti-me por dentro gago e não consegui sequer sê-lo, fiquei mudo. Abri o meu caderno, poisado sobre a mesa e escrevi de olhos fechados aspirando o seu perfume, sentindo suas mãos, cabelos, toda a sua proximidade: “estou-te a sentir!” escrevi, na ponta da exclamação desenhei uma pequena espiral. Eu não sabia quem era e não tinha pressa, ela não tinha pressa. - Não posso tirar as mãos, tens de me dar um nome!?, disse. - Tesão?, respondi. Ela avançou a sua cabeça, senti-a olhar para o meu colo. Eu começava a enraizar, deixando o vegetal de vegetar!... Perguntei: - Vais-me fazer sofrer? As mesas à volta estavam vazias, mas haviam de estar a olhar para nós... Com intimidade ser_ena pus a mão direita, sou destro, sobre os seus cabelos finos e lisos. Pressionei-a levemente na nuca, sentindo um pescoço fino. Não deixou a cabeça avançar: - Estou a pensar..., pensou alto. - Posso deixar a minha mão na tua nuca? Respondeu: - Nunca digas nunca? E continuei, muito ao de leve, e continuou: - Eu Tesão, tu Teseu? Resposta: - Eu Minotauro, tu Helena? Tirou as mãos dos meus olhos e olhou-me nos olhos, enquanto se sentou como se a naturalidade fosse o seu natural e eu fosse um nativo com quem vinha dialogar numa língua estranhamente comum. - Já fui tua aluna, disse com a maior das naturalidades. Tentei não arregalar os olhos e consegui, sorri apenas. - Crescer fez-te bem, mesmo se me parece imperdoável ter de confessar não estar lembrado?... O talo que já estava a ficar entalado na perna da calça, aliviou. Distraímo-nos a conversar, fora aluna, depois mãe, só depois casara, separara-se e a filha já podia ser minha aluna se não tivesse ido para a universidade fora. - Um professor deve sempre aprender com os alunos, saiu-me esta frase... Não caiu mal, estávamos naqueles dias em que tudo corre bem. O final da história só podia ser feliz, fomos passear. Não acabei, primeiro ainda vamos pensar os dois que idade teria ela e pouco importa. Temos de encontrar um premeio de 18 a 20 anos, desde os meus 20 e...? E professor de quê? Expressão Dramática, ficaria bem e não ficaria mal... para esta prática da representação! É o problema das histórias, para serem perfeitas têm de ser nossas e nelas nos revermos, nem que seja como o(s) seu(s) autor(es).
http://vertoblogando.blogspot.com/2005/04/mapa-1.html
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O POLIGLOTA O poliglota segredou duas palavras numa língua estranha, o som pareceu suspender-se no ar como o fumo lento dum cigarro deixando dois círculos, até se dissolverem lentamente. Ela sonhava com um ser capaz de dizer essas duas palavras duma linguagem própria dos sonhos, onde a imaginação se suspende numa respiração de ideias sensíveis, corpo do pensamento. Esta invenção nasceu como um corpo, não passando duma ideia. A ideia visitou-a alimentando um espaço próximo às línguas faladas, mas trazia uma língua nova capaz de dizer "a água na boca". Por isso era como uma nascente e começou-a a visitar em sonhos que lhe deram vida e ela começou a ficar mais apetitosa, a gostar de se ver ao espelho na linguagem duma metamorfose do corpo. A expressão ainda esperava um rosto ou adquiria-o por empréstimo, as feições caras duma cara. Dar vida à sedução, criar o poliglota como um sedutor, o personagem nascera duma ficção ganhando realidade, a história daria um conto. A moral da história viria sem falha ocupar lugar no "enredo", como uma rede este enredo seria uma armadilha: a moral da história seria moral, esta falaria de sentimentos. Sentimentos alheios ao rosto expressivo, ao rasto diurno duma fantasia nocturna onde o sonho acordava no sono trazendo da noite para o dia a ideia do conto. Pode ter sido assim, pode ter sido doutro modo. Era no entanto necessário dar um sentido crítico à abordagem pessoal duma pessoa, pois o personagem só podia ser uma pessoa embora, felino, pudesse miar nos telhados?, ladrar na rua?, uivar à lua? Lobisomem, vampiro ou zombi, a beleza pertencia à ideia como a ideia pertencia ao corpo. Contudo, o personagem rapidamente ganhou uma expressão intraduzível no rosto ou corpo, a língua nova e estranha. Ela imaginou-se uma terceira, quarta, quinta, sexta, sábado ou domingo, dia de semana imaginária, palavra nova articulada a partir dessas duas palavras numa língua estranha e era o seu nome. Também ela entraria no seu conto, mesmo se seria ele a contá-lo. Para esse efeito adormeceu à noite depois de lê-lo, desta vez desafiara o sonho de imaginá-lo real, capaz de ser lido. Dera-lhe a ler o conto, lia-o agora com outros olhos. O conto já não lhe pertencia, o sentido crítico inicial perdia-se, a moral alterava-se, o sono começava a reclamar o sonho ou vice-versa: esta conversa consigo mesma surgia-lhe como um devaneio. Como lhe veio a ideia do conto, assim acabava agora o conto. Poderia ser uma parábola, uma história com moral. O sonho era ter agora um sono com sonhos, ela iria à procura das duas palavras dessa língua a inventar. Também poderia revisitar o seu conto, seguir o poliglota, viajar pelo mundo. Pois essa viagem fazia parte dum percurso que como um rio desaguava na sua boca, trazendo para o mundo a imaginação. Seria ela a criar as duas palavras que poria na boca do poliglota: Até amanhã! Deu por si a despedir-se dela, ele seria o poliglota, ela amanhã leria este "Até amanhã" e poderia ver aí as duas palavras dessa língua estranha que duas pessoas dizem uma à outra quando se começam a inventar. Aqui a leitura deve ser feita em voz baixa, o conto está pronto a ser contado mas ainda tem de existir primeiro. Falta apenas a compreensão do mesmo, essa moral das parábolas que é a explicação das mesmas. Um padre, um santo, um anjo, o primeiro vira lobisomem, o santo vampiro, o anjo é zombi como às vezes os representam nos filmes. Quem é ela que faço-a nascer dum conto onde me fiz nascer? Se para as duas palavras duma língua estranha fui capaz de inventar um "até amanhã", não é possível traduzir em palavras quem nos cria criadores e simultaneamente personagens. Deixo-a como uma sombra no meu corpo, uma luz que me ilumina de fora: será você?, serás tu? Serão estas as duas palavras: tu e você? Mistérios que nenhuma língua desvenda e provavelmente são necessários para dar significado aos contos, pois quando são bons nunca são óbvios, diz o poliglota. {Foto: "continuação"... Vou hoje (18.12.06) incluir no dia 18 http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=306313} http://recantodasletras.uol.com.br/contos/11888 + 1

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as palavras, os actos

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conto/ frase – em cima da zebra

não gostava de dar nas vistas, um dia consegui-o onde não desejaria, foi atropelado em cima da zebra http://recantodasletras.uol.com.br/redacoes/11000 +1

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rodo

redondo o poema onde rolam os versos trazendo poesia http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/10941

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feliz

soube, não coube em si de contente http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/10940 + 1

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Ás leitor

escrevendo para o leitor, escrevo para onde possa encontrar sedutora... leitura

http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/10795

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conto erótico 4

Esta é uma história estilo "pescadinha de rabo na boca", para a apreciarmos encontramos o principio ligado ao fim. Até lá chegarmos..., ainda vamos no princípio. Isto acontece em cada conto, conta dum colar de contos contados como (um) romance... Vou tentar enfiar esta "conta" junto com o "conto" anterior, inspirou-me... a seguinte nota: «O presente e-mail destina-se única e exclusivamente a informar potenciais clientes e não pode ser considerado SPAM. De acordo com a legislação internacional que regulamenta o correio electrónico, "o e-mail não poderá ser considerado SPAM quando incluir uma forma do receptor ser removido da lista". Se pretende ser removido da nossa lista, por favor responda a este e-mail manifestando a sua vontade.». Retomando outro parágrafo, agora é V. que começa: "Fiquei aqui pensando em como fazer alguém se apaixonar" e, parece-me que depois do trabalho de se analisar olhando à sua volta, acaba desistindo: "um grande amor terá de gostar de mim do jeito que sou", acha? O comentário é meu, é o que eu acho, acabo não achando nada. Serve como comentário, mas para que serve um comentário? Para "abrir os olhos", "chamar a atenção", "dar alegria"? Tenho as ideias, uma certeza é não ter certezas. Assim como uma ideia é as ideias não se traduzirem de forma singular enquanto não conseguimos ter uma ideia, isto já me parece singular! Claro, o seu texto, o (s)eu texto é singular: isto é o que achei. Vou tentar reflectir..., para mim a grande questão é esta: se não sabemos falar com os outros, como falar com nós mesmos? Sem diálogo não há nada, nem dado nem achado, nem (um)a dedada onde poderíamos encontrar uma identidade fazendo uma identificação. Mais um comentário: «uma história que começa no princípio e acaba no fim... em "terras distantes e exóticas", resolvi deixar esta dedada depois de ler "A DEDADA PROIBIDA" muito lida mas pouco comentada que também não é fácil». O que interessa escrever se não tivermos tempo sequer para ler? Estou a falar de nós, incluo-me da maneira mais caprichosa e instável, falando de mim próprio num jogo de espelhos com a imagem dum todo. Reflectindo... Se não tiver tempo de me ler, para que escrevo? Para me alimentar!, certo..., ficar gordo?, com muita coisa escrita? Para quê!? Supondo que tenho tempo para me ler, sem tempo para ler os outros?, como me consigo ler?, sem distanciamento?... Tentando ler escrevo, escrevi. Se não fosse a tua mão na minha coxa, ficava coxo o texto. Pelo menos chocho, não faria jus ao título. Está certo, é numerado, recobre uma intenção de conjunto: mas, não tira a mão...

http://recantodasletras.uol.com.br/contos/10596 + 2

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conto erótico 3 Atenção, proponho virar "máquina" de produzir SPAM. Saber Previamente Antes Mesmo - de ler... que pode encontrar os textos que lhe indicar! SPAM é crime sem a salvaguarda de quem o recebe não poder acabar com ele assim que queira: Saber Previamente Antes Mesmo - de ler - é sem crime, - é tudo - menos castigo. Estamos num sítio criado por um editor para editarmos, vamos editar aquilo que nos agradar dar a ler. Esta s_urge-me como sendo a pro_posta, vou fazer esta "posta" e escrever com os leitores que escrevam SPAM cor-respondendo-se comigo ou aceitando apenas a minha correspondência. Como? SPAM, a correspondência é simples: «Saber Previamente Antes Mesmo - de ler... o que pode encontrar em textos que lhe indicar!» Os meus critérios éticos ou deontológicos são os seguintes: 1. limitar-me-ei a colocar na minha lista de SPAM quem inadvertidamente já me escreveu, 2. continuará na lista de SPAM quem divertidamente me responder, 3. deixará a minha lista de SPAM quem pedir para deixar da integrar. Nunca tive jeito para escrever a quem não me escreveu primeiro, por isso... só escrevo para quem já li primeiro:) Está contada a ideia, agradeço poder contar consigo. Cabe-lhe a si tentar destrinçar a realidade da ficção, eu, por mim, entro na ficção sem me preocupar com este tipo de "distinções". Distinto é o que se distingue, para mim só será realidade o que vivo. Caro leitor/a, estou contigo. Em "conto erótico1" falei num romance, apenas o enviarei, em fascículos, a quem explicitamente me solicitar que o faça. Como vês, mais uma vez, cá estou eu a fazer (o) romance... {(03.12.06) Vou associar a… (ver dia 3) http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=306313} http://recantodasletras.uol.com.br/contos/10459 + 3

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7 bocas

boca1 é com ela que digo nas palavras amor com que te chamo boca2 mandei uma “boca” fazendo uns versos para... ver sos... boca3 guardo os beijos junto a sonhos aos bocados... boca4 ninguém me livra da realidade estar aí... boca5 todos os dias acordo em desacordo com isto: sítio?... boca6 só me vou calar quando deixar... (só) de pensar!!! boca7 porque amanhã é Sábado... antes é hoje! http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/10414

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conto erótico 2
Ela podia ser minha mãe, se me quisesse chamar filho. Na verdade teria sido uma mãe muito jovem, é deste modo que a vejo: jovem. Por isso a recebi com um àvontade digno dum... filho (da mãe)?, escrevendo dois comentários aos seus dois primeiros textos: 1 É para mim um prazer poder ser, aqui, o primeiro leitor de "Pudesse eu ser...". Possa eu ser... este teu leitor na leitura dum poema que merece integrar o livro com o nome feliz de "Geometrias Intemporais". Gostei de encontrar esse pendor geométrico na própria distribuição dos versos, a procura duma harmonia visual acompanhando outros tipos de equilíbrio onde se manifesta a propensão para a racionalização e conhecimento do espaço como concretude. Mencionarei: A concha, O cofre, A ânfora primeiro, Faísca e fogo, Sol e Lua, Verde e água depois. Resta a beleza dos versos intercalados: "pérolas de palavras inúteis", "jóias de pensamentos calados", "cristais de lágrimas antigas", "na lenha húmida dos teus olhos", "na sombra difusa do teu corpo", "na aridez do teu deserto". Por fim, a beleza e a força do final: "Pertenço-te!" 2 Também gostei desta prosa, mas aqui, os poucos destaques, espero seja bem aceite que os faça pela negativa. Chamo a atenção para a introdução "Tão mal são às vezes compreendidos os poetas, pelas pessoas comuns.", não gostei por quase tudo: falta força à frase, coloca o leitor perante uma perspectiva ir-real que não sei bem para onde nos remete enquanto leitores? O segundo aspecto é um destaque relativo ao penúltimo parágrafo "E é nesta incoerência de sua alma atormentada que ele vai destilando os seus versos.", onde dispensava a palavra "atormentada" [bastar-me-ia o parênteses que faz quase no fim "(ora gostosa ora dolorosa)" reflectindo sobre a essência do poeta]. O adjectivo marca esta frase e contamina a própria leitura que possamos fazer da compreensão da autora do seu texto, quero dizer condiciona a intencionalidade subjacente, sobrecarrega o texto (como me acontece ao escrever uma frase como... esta). Tirando estes dois aspectos o texto resiste muito bem: "O poeta tem dias de apego e outros de libertação", este seria o "meu" inicio. Parabéns. 3 Três, é já um comentário que faço a este "conto erótico 2" que tiro da categoria de erótico e deixo como conto, como ainda conto. O cenário é este "Recanto das Letras", esta experiência de escrevermos no Ciberespaço, e, chega por hoje. {(02.12.06)
Vou associar a… (ver dia 2) http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=306313} http://recantodasletras.uol.com.br/contos/10411 + 8 Deth Haak; Ana Valéria Sessa; LuliCoutinho; Elliana Alves; lindamulher; Angela Lara; Assim Mesmo

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conto erótico 1
Muito agradável ler-te, é como ouvir-te (com)versar... Fui sensível a esta passagem: "adoro lê-lo e fingir que só eu o faço", adoro "fingir" que escrevo para quem me lê! Se o óbvio parece pertencer-te enquanto "fala" de quem lê, eu não obvio nada, nada simplifico: sinto como preciso, ex/acto, aquilo que dis_se! Queres fazer comigo um romance, tu a leitora e ambos a escrever? A história é simples: o resultado dum conhecimento epistolar, feito através da leitura part_ilhada dum romance. Um romance que escrevi e irias lendo "folha a folha", comentando. No nosso romance há um romance que é lido mas não se lê, ouvem-se os teus e meus comentários e damo-nos a ler, como escrevemos um ao outro. Uma Introdução não teria introdução, seria introduzida: "Quando Deus inventou o mundo já existia a linguagem como sonho divino, as palavras eram a sua respiração e as letras formavam o alimento da sua hematose que seria pulmonar nos pólos, no equador, nos versos do mais recôndito lugar do Universo. Quando criou a fala todas as linguagens plásticas do plasma se plasmaram desde o pasmo inicial da consciência até às matemáticas elaboradas dum raciocínio. Nunca a poesia deixou de ser o sopro do divino, no coração adivinho das metáforas. Dar forma à poesia é um trabalho de poetas, aqueles que procuram no mundo todos os versos do Universo. Procuro também eu fazer esse labor do amor, descobrir o coração das metáforas, o mito das formas, a filosofia das ideias, a música das palavras, até chegar aos versos dum poema que encosto ao peito quando as mãos percorrem as costas para nu amor amar." Não se trata duma Introdução para o romance que te darei a ler, apenas o aflorar da possibilidade de escrever quantas Introduções quiser: fazer o texto nascer das palavras, sem nos preocuparmos com o contrário - muitas vezes presente - de sentir o texto a const_ruir as palavras, subjugando-as inteiramente à sua lógica. Escreveríamos um romance sem saber se estamos a fazer literatura, seria um romance literal: igual à vida, sou ávido desta ideia! Tu serias a personagem principal, eu seria o teu autor: ambos actores em pé de igualdade, capazes de dizer a palavra por escrito. Para adensar o mistério... receberias apenas gravações da minha voz, um texto audível, mas invisível. Dizes-me para deixar "Maria Rita", o meu "Maria Ri(t)a" ou "Maria Ri_t_a" era para jogar com "Sin_t_onia" e "M.I. (t)facto em evidência". Vou-te dizer como surgiu o talo que gostaste de ver substituir o falo, foi quando a Maria Rita espreitou para o meu colo. O colo dum caule, é a zona da sua inserção no solo. Foi aí que me lembrei, ela olhava para o meu colo procurando entroncar o seu olhar... no meu talo, procurando-o flexível e vibrante, adiante, isso pertence à história do conto e eu quero que uses as exclamações sem restrições: um mimo, os teus comentários. Sabes que logo a seguir ao teu parágrafo inicial escreveste o que poderia ser outro título para o conto, "Final Feliz"? Quase fico na dúvida, será que é?... Depois ainda temos a Rainha de Ouros a aparecer duas vezes, aí não me disseste o porquê de parares, pairei... você parou. Gosto da ouvir a "escutar a voz da intuição", espero a continuação... P.S. Chamei a esta carta "conto erótico" porque parece ser onde me saio melhor como escritor, é onde tenho mais leitores... Trata-se duma questão er_ótica vista por esta óptica? Está tratado o tópico! NOTA: Há aqui uma inflação de leituras que não corresponde a leitores, são navegantes apressados que não aportam a este porto; a eles gostaria de dar uma carta, um portulano, um mapa; podem continuar a navegar... http://vertoblogando.blogspot.com/2005/04/mapa-1.html {(04.11.06) Inclui hoje a foto no texto, ligando-o a "narrativa erótica"; mais precisamente, em: 10 – conto erótico 1 http://www.recantodasletras.com.br/cartas/281999} http://recantodasletras.uol.com.br/visualizar.php?idt=10217 + 2 Cristina Nunes; Jacques Levin

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em público

Eu amo a evidência repetidamente, daqui R_e_tiro o R "epe_tida_mente"... amo-a em público, com amor! Agora... nada disto é erótico, é apenas profundamente pornográfico: pôr no gráfico, na forma nu_a – visual.!. Sabendo isto, começo pelas intenções: escrever um conto, uma história. Se ela fosse policial e desejasse dificultar a descoberta do assassino, ele seria o primeiro a morrer. Só no final se saberia que tinha forjado a sua morte; apenas o estar vivo daria justificação a todas as outras mortes, quando o descobríssemos. Saber quem são os personagens desta história é o lado policial desta introdução: sou eu e a evidência. A evidência abre as pernas, melhor será dizer, escancara-as: abre-se toda! Ergue-me a exclamação, introduzindo-se fRase no corpo profundamente; nu, meu no_me/em cada letra.!. Está na altura de começar a pagar direitos de autora à M. I., a evidência precisa que eu dê as ideias todas, M.I. é o contrário. Ela escreveu uns versos em M_aRço(?),no final do mês passado, faz hoje oito dias. Sua ideia, eu vou contar: colocou uma venda e vendou, deixando ao tacto visualizar todo o contacto... Achou com razão que ia ver muito melhor as suas sensações desabrocharem e começou por aí: cegos de paixão, esquecendo o tempo lá fora, até estarmos "Vendados e cansados/ Entre suaves lençóis". Eu e a evidência a desfrutar, lendo a poesia e procurando a história... Afinal era ela quem estava morta no princípio do conto e não vai ser necessário dizer o que já disse, a história está a aparecer. Sim, é ela o assassino, quem vai matar... o conto. Já nem conto, é uma selvajaria mas é a vida. A história, para se sentir completa, plena e acabada, tem de dar fim ao conto. A arte, o seu erotismo, ganha agora todos os seus contornos: vendados e cansados começamos a sentir a Língua a trabalhar os nossos sexos, até ficarmos excitados. Vou acabar (de contar/decantar) "Segredou-me as mais ternas palavras da paixão, capazes de arrepiar o corpo fazendo-o sentir a alma, estava calma e fui-lhe dizendo de novo tudo o que gostara de ouvir, recapitulando..." Não continuo, mais uma vez retirei o R necessá_io "eca_pitu_l_ando": ficámos de ladinho, nus nos agitando. M. I., diga se aprova o conto e se o posso publicar com a evidência... do seu nome? A_final, eu e a história e a evidência e o conto moribundo, à espera duma resposta! M. I., Eu conheci-a lendo uma sua poesia, a mim conhece-me lendo um conto e sentindo-se metida nele... Diga-me de sua justiça, gosta? Que resposta me dá à grande questão «posso publicar com a evidência... do seu nome?»; fico-lhe grato, gato e rato, tudo... o ato... completo_|_ Meu R "es_peito" e admiração! http://vertoblogando.blogspot.com/2005/04/mapa-1.html {(18.11.06) Associo “em público” em 22 - erotismo nu, diferente de nu erótico.

http://www.recantodasletras.com.br/mensagens/278543}

http://recantodasletras.uol.com.br/visualizar.php?idt=10002

+ 6 Kathleen Lessa; Ana Valéria Sessa; Aldo Guerra; Cristina Nunes; Flavinha; Camila

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