domingo, 10 de junho de 2007

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religião + circo

Ontem fiz um conto incompleto, contigo: eras tu, era eu. Soube, soube porque quis chorar..., e já não sei. Há destas intersecções na minha alma, é onde a vejo, onde te vejo, onde a invento, onde te sinto! Desenhaste um Z de Zig-Zag e percorreste no meu corpo o seu desenho, desceste no desejo e guardaste-o na boca... Então, porque as horas atravessam os dias, cantei no teu corpo esta canção sem nomes onde te escrevo com o azul das ondas na forma das ancas onde danças música quando as seguro olhando o teu peito, acima do meu peito. Hoje adoro este silêncio culpado dum regresso continuo às origens onde penetro a porta de entrada para o mundo, em ti e em todas as mulheres, o outro lado nosso de ser por inteiro. A minha emoção tem a duração dum poema; ando agora a ensiná-la a escrever um texto onde a rosa seja a prosa, aspiro-a... Fluímos no nosso a_roma amor_a... Faço percursos no interior das palavras, elas, mais uma vez, o teu corpo. Cobiço o imaginário, a realidade transcende-o mas nem sempre o cede. Por isso... s_obra da realidade este espelho de reflexos onde convoco as nossas sombras iluminando-as na sua transparência absoluta: A tua boca na minha boca, eu na tua boca, dançando até te abanares... pedindo tudo. E é quando rimos esta satisfação do prazer: é quando consegues chorar e eu te invejo.... como a nuvem, vendo a chuva a cair no vento. Tu és a minha terra, daí esta inveja estranha que tenho sem ser minha, algures perdida entre nós como os entre-nós dum mesmo caule onde da mesma cepa já somos frutos depois das flores. Este é um acto da nossa celebração, eucaristia onde nos religamos, esta é a minha religião. Cada frase destas precisaria dum universo, para a poder habitar como alpinista chegado ao cume no ponto mais alto do desejo - da escalada! Faz-me agora dormir suado, descendo no teu peito para ouvir o coração, a respirar no vale entre os teus seios. Onde repouso sobre o osso externo e me interno no mistério, onde comungo o teu corpo!, mesmo externo... Nada mais próximo que a respiração, este sentir da tua... mesmo ao meu lado. Aqui me despeço expirando, onde me trouxe a inspiração. O_corre-me uma frase per_feita?: o amor é a minha religião e a poesia a sua forma de expressão! * O Assim pegou em parte de “religião” e fez “circo”, é (o) Assim Mesmo, não pediu autorização a ninguém para ser anarca, nada a fazer! circo Andei no arame - enquanto saltitava nos teus lábios, saltei para o trapézio - e foi o programa completo! Hoje adoro este silêncio culpado dum regresso continuo às origens onde penetro a porta de entrada para o mundo, em ti e todas as mulheres, o outro lado nosso de ser por inteiro. A minha emoção tem a duração dum poema; ando agora a ensiná-la a escrever um texto onde a rosa seja a prosa, aspiro-a... Fluímos no nosso a_roma amor_a... Faço percursos no interior das palavras, elas, mais uma vez, o teu corpo. Tua resposta foi a resposta que eu merecia, nada. Tranquilo, deixei o silêncio tentar falar comigo. Primeiro é preciso alguma prática, depois a coisa acontece naturalmente. Estou a falar de quê? Ingrato contar das conversas com o silêncio, ele deve ser macho ou fêmea... Deve depender de quem fala com ele, já que não é pessoa. Certo é imaginei-o ela, a masturbar-se, enquanto lhe contava nossos números. Depois ela abraçou-se enlaçando-me com braços e pernas, sentando no meu colo e deixando o caule no meu colo enraizá-la, realizando-a por dentro e por fora. Durante muito tempo... tentámos bater o recorde mundial do beijo. Quando ela, o Silêncio, se agitou num orgasmo estridente... Atendi, eras tu ao telefone. Contei-te o que tinha escrito, agora continuo o conto. A ti contei o antes, agora conto o depois. Com este prazer dos fazer aproximar, ante e depois, enquanto a cobra Orobóros devora a própria cauda! Amei a nossa conversa ao telefone, relembrar os Cavalos Também Se Abatem... Deixando a nossa conversa ser tão literária que quando combinámos virias provar mais do mesmo, parecia estarmos a falar dum filme também ele conhecido e a rever. Agora, enquanto não chegas, esgalho uma punheta no galho alisando a pele do dito para o poderes saborear a quente, inchado e urgente! Túrgido como um troglodita dita uma poesia de carne sem a cozinhar primeiro ao fogo lento, onde me consolo neste fase evolucionária da humanidade! Chegarás e o conto acabará onde for... Chegaste depressa, não me dês pressa, isso, começa já, isso!..., enquanto acabo esta conversa. Ah!, e ainda tenho um conto para acabar de passar. Vou é dedicar-me à verdadeira escrita, o resto... é conversa. Bom, cada um cria a sua própria bitola, a minha procuro tirá-la da tola e não é tola, não pretende ser ideia a minha ideia. Fica como é, uma intuição, uma intenção, a procura da verdadeira dimensão a dar a cada conto. Nesta fase experimental da nossa relação, quiseste-te deitar sobre as minhas costas. Enquanto eu adormecia, tentando alhear-me do calor do teu corpo incandescente onde acabara de largar chispas, largando lava do vulcão mais portátil do mundo, heis que começas a imaginar coisas... Bolas!, é isto, é este o final!, terminar onde tudo começa de novo. Começamos, recomeçamos, na verdade nunca acabamos! Só a satisfação dita o prazer, é preciso não ter pressa conhecendo, isso é importantíssimo, a vertigem: uma pressa expressa sem outra noção. http://vertoblogando.blogspot.com/2005/04/circo.html
http://recantodasletras.uol.com.br/visualizar.php?idt=12592

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