Aprendemos à cerca (podes traduzir por "sobre"...) da nossa pessoa, assim sabemos que "a nossa pessoa" é muito parecida com as outras todas, por mais diferentes que nos possamos sentir. Neste momento dei voz a uma ideia que me surge abstracta, estou longe de me sentir diferente seja do que for: sinto-me igual a coisa nenhuma, tenho ideias de pedra, escrevo como uma couve, a costureira que me contava contos infantis quando eu era criança dir-me-ia que não podia contar história nenhuma por qualquer necessidade de se pôr a costurar à máquina. Mas não te importas, pois não? Vou escrever o que aprendi, se não escrevemos quando não nos apetece, o mais fácil é não nos apetecer enquanto não nos apetece. Não tendo nenhuma certeza apontando para um motivo que permita pensar ser bastante o esperar, o melhor é aproveitar logo que podemos: o quê?, escrever.
Nestas situações conseguimos ser interessantes, por que divagamos e não controlamos o discurso, criamos um curso que é absorvido rapidamente pelo deserto. Ou, o interessante é este outro aspecto, damos a ler a abstracção das ideias: o pensamento entregue à sua natureza onírica, algo em nós sonha a pessoa que somos mesmo quando estamos a dormir.
Escusas de fazer muita fé no que escrevi, isso deve acontecer com a natureza consciente do nosso inconsciente. Sentes que é verdade, sentes que se não responderes tudo o que está escrito se dissolve e mergulha na areia e este grande rio onde escrevo para que possas mergulhar os pés, o corpo todo, abrir as pernas para sentir a corrente acariciando o interior das coxas, debaixo dos braços e o peito, até atingir a sensibilidade do pescoço e cabelos soltos que tenhas e sejam penteados...
Um abraço "quebra-costelas" folgado, só para sentir a respiração custar e depois encher o peito de prazer até atingir o máximo onde se represa a respiração e mergulha. Aí deitamos fora o ar e nos beijamos na boca, respiramos pelo nariz e, sem pressa, entreabrimos os lábios, beijamos mais e melhor, sentimos a frescura da saliva a correr da nossa boca na nossa boca vindo da boca do outro, pura e fresca, suco suculento que queremos penetrar, saborear e assim, desse modo acordam as línguas e dançam enrolando-se uma na outra e nós, um no outro, esse nó dum abraço transformado em carícias a percorrer os corpos de prazer.
Assim seja: Ámen!
"La petit" - a pequena
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